segunda-feira, 30 de novembro de 2009

Refletindo sobre a avaliação

Refletindo sobre a avaliação


A avaliação é um dos elementos presente no processo de ensino aprendizagem que permite o confrontamento das nossas propostas pedagógicas . Sendo construção, interação, prática, mediação, reflexão continua na construção de conhecimentos.
Realizo a avaliação da aprendizagem dos meus alunos, primeiramente través do diagnóstico da turma, dos seus interesses, da observação do desenvolvimento nos diversos trabalhos propostos no dia a dia na sala de aula, pois obtenho informações de forma contínua, auxiliando os alunos sobre suas construções e progressos em suas aprendizagens.
Utilizo os critérios de participação, cooperação, criatividade e autonomia no desenvolvimento das atividades propostas.
Na escola onde leciono , utilizamos o parecer descritivo para expressar os resultados do processo de ensino aprendizagem dos alunos. Ele mostra os progressos e as dificuldades individuais fornecendo sugestões para o aluno melhorar. Fala de seus sucessos e desenvolvimento na construção de conhecimentos, bem como registra os resultados parciais e finais do processo de aprendizagem.
Mesmo utilizando o parecer descritivo, na avaliação percebo uma contradição, pois também deve ser expresso um conceito ao aluno, o que para mim é uma dificuldade. Neste sentido na escola acabamos classificando os alunos.
Utilizo os resultados da avaliação para conhecer melhor meus alunos, constatar suas aprendizagens de forma contínua, adequar o processo de ensino aos alunos como grupo e também aqueles que apresentam dificuldade, tendo em vista os objetivos.
Posso aperfeiçoar minha prática pedagógica buscando formação, em relação à avaliação, possibilitando aos meus alunos uma construção de conhecimento cada vez mais cooperativa, aprimorada, percebendo a complexidade das relações entre o aprender e as dificuldades de aprender na escola. Com uma avaliação que contemple a imaginação, a criação, a sensibilidade, a vida que existe fora da escola com sua diversidade.


Referências:
__________FERREIRA, Lucinete. O contexto da prática avaliativa no cotidiano escolar. In:_____. Retratos da avaliação: conflitos, desvirtuamentos e caminhos para a superação. Porto Alegre: Mediação, 2002. p.39-61.
__________RATHS et al. apud ANASTASIOU, Léa das Graças Camargos; ALVES, Leonir Pessate. Processos de Ensinagem na Universidade: pressupostos de trabalho em aula. 5ª edição. Joinvile: UNIVILLE, 2005.p. 28.
__________GOÑI, Javier Onrubia. Rumo a uma avaliação inclusiva. Pátio, Porto Alegre, n. 12, ano 3, p.17-21,abr./fev.,2000.

domingo, 22 de novembro de 2009

Influências da Fragmentação do conhecimento na Cultura Escolar

Relaciono a fragmentação dos processos de produção (Taylorismo & Fordismo), com a cultura escolar através dos modelos empregados em ambos e seus reflexos para a vida dos trabalhadores e consequentemente na sociedade. Pois de acordo com o modelo taylorismo e fordismo os trabalhadores só precisavam compreender os movimentos necessários a cada operação, memorizá-los e repetí-los ao longo do tempo, sendo que o mais importante era os modos de fazer. Não era exigida outra formação escolar pois o trabalho desenvolvido era de memorizar conhecimentos e repetir procedimentos em uma determinada seqüência.
A escola em consonância com esta situação também segue esta linha utilizando metodologias com conteúdos fragmentados, organizados em seqüência rígida e com respostas padronizadas.
A escola mantinha uma cultura de racionalidade formal e técnica que dissociava teoria e prática. Essa maneira de trabalhar foi dando origens à prática de ensino baseadas nos conteúdos e atividades sem vínculos. Surgiram propostas curriculares de organização dos conteúdos que eram repetidos ao longo do tempo através do método expositivo com cópias e questionários. Dessa maneira a habilidade cognitiva desenvolvida era a memorização e também a disciplina, fundamentais para o trabalho e a vida social.
A relação entre as novas necessidades das economias de produção flexível com o sistema escolar ocorreu a partir das mudanças ocorridas no mercado com as novas tecnologias. A partir daí surgiu a necessidade de trabalhadores com capacidade, qualificação e autonomia para exercerem novas funções a partir do conhecimento e da totalidade do processo de trabalho.
A escola mais uma vez, se adapta ao mercado de trabalho, para formar trabalhadores e pessoas capacitadas e com comportamentos flexíveis, que consigam adaptar-se a situações novas com rapidez, eficiência e criatividade para resolver problemas.
Portanto um novo trabalhador, que atue na prática a partir de sólidos conhecimentos e que busque aperfeiçoamento constante.
Desse modo a escola desempenha um papel, de acordo com o mercado de trabalho vigente

SANTOMÉ, Jurjo Torres. As origens da modalidade de currículo integrado. In:______. Globalização e interdisciplinaridade: o currículo integrado. Porto Alegre: Artes Médicas, 1998, p.9-23.

sábado, 21 de novembro de 2009

Práticas de Letramento

A escola, embora sendo um local, onde circula a diversidade de culturas muitas vezes não as valoriza em seu contexto, desprezando que existem várias práticas sociais da escrita. A prática pedagógica de alfabetização as vezes está distante das necessidades de leitura e escrita do aluno, que vive em contato com textos escritos dos mais variados gêneros, que está submetido a um verdadeiro bombardeio de gêneros textuais e que é, o tempo todo convidado a ler e compreender o que lê.
As práticas de letramento escolar muitas vezes continuam a ensinar a língua apenas como sistema, sem que as múltiplas possibilidades de construção de significados no uso da linguagem sejam abordadas. A tradição nos estudos sobre a leitura tem sido orientada pelas raízes históricas da mesma como uma habilidade cognitiva descontextualizada. A leitura e a escrita são vistas como atividades escolares e não como práticas sociais que as usam como mediadoras. Assim muitas vezes, no contexto escolar, fica parecendo que os alunos não precisam estar expostos aos textos que circulam fora da escola, pois o que importa é saberem copiar ler e escrever.
Nas salas de aula muitos professores continuam comprometidos com a transmissão dos conteúdos dos livros didáticos e não rompem com a crença de que somente neles encontram-se os textos que merecem ser lidos e trabalhados na escola.
A preocupação da maioria dos professores de língua materna ainda é com o conhecimento sistêmico, no qual há respostas pré-estabelecidas para as questões propostas pelo professor.
Na medida em que for possibilitado circular o letramento presente no cotidiano dos alunos, a sala de aula se tornará um ambiente propício à participação dos alunos no processo de construção de significados. Na sala de aula os alunos precisam, ter a oportunidade de ouvir, falar, ler e escrever as mais variadas formas de expressão escrita e falada da vida social.
As escolas devem abrir espaço para outras práticas de letramento não mais se limitando ao letramento escolar. Dessa maneira dando também aos alunos a possibilidade de atribuir significados ao letramento, com compreensão,reflexão e participação social.

sexta-feira, 20 de novembro de 2009

Conceito e funções da Educação de Jovens e Adultos

O EJA é uma modalidade de ensino que leva em conta a especificidade de jovens e adultos, como sujeitos de aprendizagem, com currículos, programas, formas de ensino que devem, estar atentos a realidade e a necessidade destes alunos, respeitando o desenvolvimento psicológico e suas modalidades de aprendizagem, seus valores, hábitos, atitudes e formas de organização do conhecimento, sendo a intervenção educativa pouco considerada nesta modalidade.
O EJA possui uma função reparadora no sentido de respeitar o direito de todos a uma escola de qualidade, e, reparar uma dívida social com aqueles que não tiveram acesso a leitura e a escrita como bens sociais na escola ou fora dela, e ao ser privado desse acesso perde um importante instrumento de inserção social.
O EJA possui também a função de suprimento tendo a alfabetização concebida como conhecimento básico necessário a todos num mundo de transformação e por isso direito fundamental do ser humano, promovendo a participação em atividades sociais, econômicas, políticas e culturais, além de ser requisito básico para uma educação continuada durante a vida.
A função equalizadora busca suprir a necessidade de trabalhadores, donas de casa, incluindo-os no sistema educacional, porque tiveram uma interrupção de seus estudos por repetência, evasão ou desigualdade de oportunidades de acesso e permanência à escola, permitindo dessa forma novas inserções no mundo do trabalho, na vida social, bem como na abertura de canais de participação, promovendo o desenvolvimento de sua cidadania.
Outra função permanente do EJA é a qualificadora, ou seja, uma educação voltada para a criação de uma sociedade educada para o universalismo, a solidariedade, a igualdade e a diversidade, visando uma melhor qualificação para o mundo do trabalho e para a atribuição de significados as experiências sócio-culturais trazidas pelos alunos.



REFERÊNCIAS

Parecer CEB nº 11/2000-Diretrizes Curriculares Nacionais para a Educação de Jovens e Adultos. Relator: Carlos Roberto Jamil Cury

quarta-feira, 18 de novembro de 2009

A Fala, a leitura e a escrita

A maneira de se comunicar através da fala, escrita e leitura, não ocorre sempre do mesmo modo. Pois se pode observar que, no decorrer da história da humanidade aconteceram muitas mudanças no modo de falar, escrever e ler.
O modo de se expressar não segue a um padrão estabelecido, vai sofrendo mudanças em uma grande diversidade cultural. A fala, a escrita e a leitura se diferenciam, pois não falamos sempre da mesma maneira, não escrevemos seguindo o mesmo estilo.
O uso da linguagem se diferencia de acordo com a exigência da situação, sendo influenciada pelo ambiente em que nos encontramos, pelas pessoas presentes entre outros.
Também em diferentes situações, utilizamos a escrita de maneiras distintas como por exemplo em trabalhos acadêmicos, em bilhetes para as famílias dos alunos, anúncios, cartas para amigos. Para cada situação a escrita é pensada e feita de uma maneira diferente.
Atualmente com o uso das novas tecnologias da informação e comunicação, foram surgindo novas maneiras de se comunicar, que em muitos casos, se parece mais com o modo de falar, não se preocupando com o padrão formal da língua escrita, sendo utilizadas muitas abreviaturas das palavras.
A cada nova geração, o ser humano vai mudando o seu modo de ver, ler, falar e escrever no seu contexto social e cultural. É importante, o professor estar atento a essas mudanças para conseguir, trabalhar com o processo de comunicação formal da escola e informal do cotidiano.


DALLA ZEN, Maria Isabel; TRINDADE, Iole Maria Faviero. A leitura, a escrita e a oralidade como artefatos culturais. In: XAVIER, Maria Luisa (Org.). Disciplina na Escola: enfrentamentos e reflexões. Porto Alegre: Ed. Mediação, 2002. p. 123 -133. (Texto 1 – Módulo 1)

sexta-feira, 6 de novembro de 2009

A Cultura Surda

A interdisciplina de libras, me ter proporcionado importantes, estudos conhecimentos e reflexões sobre a cultura surda. Em primeiro lugar aprendi que é importante, falar diretamente com a pessoa, me posicionando em sua frente, a fim de que ela possa visualizar bem o meu rosto para que ela consiga observar as minhas expressões faciais, os gestos e o movimento do meu corpo, pois auxiliará bastante no que quero dizer e sempre tendo o cuidado de não ficar de lado ou atrás dela.
Para chamar sua atenção, posso abanar as mãos em seu campo visual ou tocar a pessoa gentilmente. Após o contato, olhar em seus olhos, falar calmamente em tom de voz normal articulando bem as palavras, porém sem exagerar.
O s aspectos da cultura surda que considero importante para interagir com eles é poder apontar, fazer uso da escrita, de desenhos, de dramatização. Também utilizar expressões faciais e corporais. Enquanto estiver conversando manter sempre o contato visual, pois se o olhar for desviado a pessoa poderá pensar que o diálogo acabou.
Normalmente as pessoas surdas demonstram muita facilidade em se comunicar e é preciso estarmos ciente, que o mais importante é buscarmos maneiras de nos comunicarmos com elas. Então cabe aos ouvintes respeitar, entender a cultura surda para uma vida em comum.

Referências:


http://www.virtual.udesc.br/Midiateca/Publicacoes_Educacao_de_Surdos/diss014.htm

http://www.ines.gov.br/ines_livros/9/9_004.HTM

http://www.ines.gov.br/paginas/revista/debate3.htm