segunda-feira, 28 de junho de 2010

Estudo da identidade

No currículo escolar é fundamental o trabalho a sobre vida em sociedade, a partir das vivências de cada aluno, por isso a importância de trabalhar o EU, a FAMÍLIA, BAIRRO, MUNICÍPIO, ESTADO ...,onde aconteça interação e trocas de idéias no grupo. Dessa maneira o aluno ampliará seus conhecimentos de vida em grupo, possibilitando a compreensão do mundo social.
O papel do professor deixa de ser o transmissor de informações, para ser o orientador do processo de construção de conhecimentos, possibilitando ao grupo organizar dados da realidade através da participação desenvolvendo suas potencialidades dos alunos
No estudo da identidade (eu), do aluno na proposta educacional deve ser capaz de situar a relação entre o particular e o geral, quer se trate do indivíduo, sua ação e seu papel na sua localidade e cultura, quer se trate das relações entre a localidade específica, a sociedade nacional e o mundo. A partir do trabalho com a identidade, surge a questão das noções de diferenças e semelhanças. A compreensão do “eu” e a percepção do “outro”, que se apresenta como alguém diferente. A identificação das diferenças no próprio grupo de convívio, considerando os jovens e os velhos, os homens e mulheres, as crianças e adultos, tendo consciência de elementos culturais comuns no grupo local e comum a toda população, e ainda, a percepção de que outros grupos e povos, próximos ou distantes no tempo e no espaço, constroem modos de vida diferentes, que viviam, compreendiam o mundo, trabalhavam, vestiam-se e se relacionavam de outra maneira. É importante a compreensão de que o “antepassado” é aquele que legou uma história e um mundo para ser vivido e transformado. Tudo isso possibilita ao estudante, o conhecimento de si mesmo, à medida que conhece outras formas de viver, as diferentes histórias vividas pelas diversas culturas, de tempos e espaços diferentes.
“O homem não pode participar ativamente na história, na sociedade, na transformação da realidade se não for ajudado a tomar consciência da realidade e da sua própria capacidade para a transformar. (...) Ninguém luta contra forças que não entende, cuja importância não meça, cujas formas e contornos não discirna; (...) Isto é verdade se se refere às forças da natureza (...) isto também é assim nas forças sociais (...). A realidade não pode ser modificada senão quando o homem descobre que é modificável e que ele o pode fazer.“ (FREIRE, Paulo. Pedagogia do Oprimido, Rio de Janeiro: Paz e Terra, 1987). .

O trabalho envolve épocas passadas e lugares distantes e tanto no estudo de acontecimentos do presente como no estudo de acontecimentos do passado, é preciso que os alunos a identifiquem fontes de informação, a organizá-las e interpretá-las, a localizar onde os fatos ocorreram e, também, a organizá-los na ordem em que ocorreram. Pois a partir daí se pode conhecer e compreender o modo de vida de pessoas que viveram em outras épocas e ou em lugares distantes daquele no qual vivemos. É entender a nossa vida no presente. Eis então a importância de trabalhar a noção de tempo nas crianças permitindo a elas se localizarem no tempo fazendo-as perceber o passar do tempo sabendo quantificá-lo, representá-lo e compreendê-lo. Assim como trabalhar com a noção de espaço. Por isso a importância do aluno começar pela realização da sua linha de tempo e aos poucos ir ampliando seus conhecimentos até compreender e organizar outras.
Realizei com a turma, um trabalho sobre a linha de tempo de suas vidas. Ocorreu um grande envolvimento na realização do trabalho deles com o auxílio da família. Durante alguns dias vários alunos continuavam a trazer fotos, contando suas histórias. Observei o quanto foi significativo para os meus alunos a realização do trabalho.


Referências

ANTUNES, Aracy do Rego; MENANDRO, Heloisa Fesch; PAGANELLI, Tomoko Iyda. Estudos Sociais: Teoria e Prática. Rio de Janeiro, ACCESS, 1999.

domingo, 20 de junho de 2010

As diferentes etnias

Na prática pedagógica percebo o desafio de trabalhar com a diversidade e a importância de aprendermos sobre cada povo, cada cultura, cada etnia. Aprofundando a compreensão da composição étnico-racial que nos rodeia e assim construindo conceitos que superam os preconceitos da discriminação.

“Formar espíritos abertos à diferença cultural e à sã convivência humana configura porventura o desafio mais instante que se coloca a todos os sistemas educativos que não se demitem de afirmar a sua presença activa na construção de uma história de paz e tolerância, num mundo condenado cada vez mais seguramente à explosão da diversidade”
Roberto Carneiro in Fundamentos de Educação e da Aprendizagem — 21 ensaios para o século 21

Para contribuir nesse processo de superação da discriminação e de construção de uma sociedade livre, justa e fraterna, o processo educacional deve tratar de como se desenvolvem atitudes voltadas para a formação de nova compreensão, de novos vínculos, em relação àqueles que historicamente foram alvo de injustiça.
Mudar mentalidades, superar o preconceito e combater ações discriminatórias são atitudes que envolvem valores de continentes de origem dos grupos que compõem a população brasileira.
Quando a cultura é reconhecida como parte indispensável das identidades individuais e sociais, apresenta-se como um pluralismo próprio da vida democrática. Por isso, fortalecer a cultura própria de cada grupo social, cultural e étnico que compõe a sociedade brasileira é fortalecer a igualdade, a justiça, a liberdade, o diálogo e a democracia.
Conhecer outras etnias significa não só a ampliação de horizontes, mas a possibilidade de trabalhar com esse tema rico e complexo.
A escola pode, com isso não só promover o estudo, a reflexão mas também a compreensão de como se constituem identidades e singularidades de diferentes povos e etnias.



Referências:


FRENETTE, Marco. A cor da infância. Caros Amigos, v.26, mai./1999.


PARÉ, Marilene Leal et allii. Mitos, monstros ou anjos: um estudo sobre heterogeneidade: gênero, raça e tempo de escolaridade. Porto Alegre: Ponto-e-vírgula Assessoria editorial, 1998.

PARÉ, Marilene Leal. A contribuição do estudo sobre o negro para o entendimento das diferenças. Cadernos do Aplicação, UFRGS, Colégio de Aplicação, vol 11, n.º 1, jan-jun/ 1998.

SALZANO, Francisco. Em busca das raízes. Ciência Hoje, vol 5, n.º 25. p. 49-53.

sábado, 12 de junho de 2010

Trabalhar a diversidade

É fundamental desenvolver um trabalho que possibilite o conhecimento e respeito as diferentes etnias da sociedade, dessa maneira auxiliando ao combate do preconceito.
O tema propõe uma concepção da sociedade brasileira que busca estudar a diversidade cultural e étnica que a compõe, compreender suas relações e apontar as transformações necessárias. Considerar a diversidade não significa negar as características comuns, nem a possibilidade de construirmos uma nação, ou mesmo uma dimensão universal do ser humano.

“( ...) as comunidades e as
Culturas, em sua diversidade,
( ...) dão sentido e conteúdo
Ao princípio abstrato da
Igualdade. ( ...) Pertencer a
Uma comunidade implica
Estar ligado a outros por
Sentimentos, afetos,
Identidades compartilhadas.”

Elizabeth Jelin

É a afirmação da diversidade como traço fundamental na construção de uma identidade que se renova permanentemente, e o fato de que a humanidade de todos se manifesta em formas concretas e diversas do ser humano.
Compreender que as culturas são produzidas pelos grupos sociais ao longo de suas histórias, na construção de suas formas de subsistência, na organização da vida social e política, nas suas relações com o meio e outros grupos, na produção de conhecimentos etc.
Trabalhar a diversidade cultural, reconhecendo-a e valorizando-a, é tratar da superação das discriminações, é atuar sobre um dos mecanismos de exclusão, para caminhar na direção de uma sociedade mais democrática.


Referências:



PARÉ, Marilene Leal et allii. Mitos, monstros ou anjos: um estudo sobre heterogeneidade: gênero, raça e tempo de escolaridade. Porto Alegre: Ponto-e-vírgula Assessoria editorial, 1998.

PARÉ, Marilene Leal. A contribuição do estudo sobre o negro para o entendimento das diferenças. Cadernos do Aplicação, UFRGS, Colégio de Aplicação, vol 11, n.º 1, jan-jun/ 1998.

SALZANO, Francisco. Em busca das raízes. Ciência Hoje, vol 5, n.º 25. p. 49-53.

segunda-feira, 7 de junho de 2010

A importância do teatro na escola

O teatro faz parte da vida escolar com diversas abordagens que se modificaram de acordo com as mudanças que ocorreram na educação. No início foi utilizado como uma forma de aprendizagem de diversos conteúdos, porém mais tarde foi considerado uma disciplina com características próprias que por si só constrói conhecimento.
É possível fazer do teatro um recurso riquíssimo para a aprendizagem de outras disciplinas e transformar jogos e brincadeiras em verdadeiros espetáculos.
Discussões sobre o ensino da Arte procuram refletir sobre a natureza do processo de ensino- aprendizagem artístico, levando a uma reflexão sobre a existência do fato teatral na sala de aula, fazendo um levantamento sobre as condições básicas da teatralidade e procurá-las nas dinâmicas com os alunos para assinalar que potencialmente a aula de teatro é teatro. Esta reflexão será conduzida a partir dos conceitos elaborados por Jacob Guinsburg(2oo1). Ele estabelece que a intenção é o princípio gerador do fenômeno teatral pois este é uma obra realizada a partir de um propósito, de uma deliberação ou de uma vontade.
Aponta também para a existência do texto aqui empregado é ampliado para todo elemento, passível de leitura, com um desígnio e uma ordem referida, então podem se considerar materiais textuais , além da palavra, o gesto, a música, a intenção da fala, os códigos entre outros.
A partir desses apontamentos pode-se afirmar que na escola faz-se teatro.
No trabalho com teatro através do esforço espontâneo surgem ótimos trabalhos utilizando a improvisação e criatividade, onde todas as pessoas são capazes de fazer teatro, dentro de um processo de construção que vai do simples ao complexo.

Através de trabalhos que realizei pude compreender a dimensão que o teatro apresenta e nos possibilita trabalhar na escola com brincadeiras, jogos, improvisação auxiliando os nossos alunos desenvolverem suas potencialidades.
Percebi que tenho muitas possibilidades de trabalha com Teatro, direcionando para que seja prazeroso, despertando o interesse e Participação do grupo. Onde conflitos desaparecem em prol da atividade desenvolvida, ocorrendo mais diálogo, cooperação melhorando dessa forma significativamente os trabalhos desenvolvidos, refletindo na forma de ver e viver o cotidiano.
O teatro pode ser utilizado na escola como reflexão e construção do conhecimento em todas as áreas permitindo um grande progresso aos alunos de uma maneira lúdica.



BRAGA, Hamilton Dias. Teatro-Educação: linhas teóricas e prática em sala de
aula. Porto Alegre: UFRGS, 1986. Dissertação de mestrado, Faculdade de
Educação, Universidade Federal do Rio Grande do Sul, 1986.


SANTOS, V.L.B. dos. Brincadeira e conhecimento: do faz-de-conta à
representação teatral. Porto Alegre: Mediação, 2002.


SPOLI, V. Improvisação para o teatro. São Paulo: Perspectiva, 1982.