segunda-feira, 26 de abril de 2010

Um novo olhar sobre a história

Colocar em prática uma proposta curricular voltada para a cidadania que deve preocupar-se com as diversidades existentes na sociedade, uma das bases concretas na qual se praticam os conceitos éticos. A contribuição da escola na construção da democracia é promover os princípios éticos da liberdade, dignidade, respeito mútuo, justiça e equidade, solidariedade e diálogo.
O grande desafio para a educação é estabelecer conexões entre o que se aprende na escola e a vida de cada etnia, sendo necessário mudar mentalidades, superar o preconceito e combater ações discriminatórias. São atitudes que envolvem estudo, pesquisa e um novo olhar sobre a história do país percebendo os grupos étnicos diversos e diferenciados, apresentando muita riqueza na sua diversidade cultural.
Para a compreensão da trajetória das etnias, é necessário tratar de temas básicos: ocupação e conquista, escravização, imigração e migração de uma maneira diferenciada. Outro aspecto importante é o estudo realizado por cada etnia, mostrando sua verdadeira história, através de palestras, seminários, literatura entre outros.
Dessa maneira aprender a conhecer e respeitar as diferentes etnias, percebendo a diversidade étnica na construção da sociedade brasileira, combatendo o preconceito, a discriminação, a exclusão social, incentivando a tolerância, o respeito, a solidariedade de maneira que a humanidade de todos se manifeste em formas concretas e diversas do ser humano para um convívio harmonioso.

SOUZA, Luciana Beatriz, Vainfas Ronaldo, Brasil de todos os santos, coleção: "Descobrindo o Brasil", Jorge Zahar, Rio de Janeiro, 2000.

LUCIANO, Gersen dos Santos;Os índios no Brasil, quem são e quantos são.Texto extraído de:“O Índio Brasileiro: o que você precisa saber sobre os povos indígenas no Brasil de hoje”. Brasília, 2006


_____. A imagem do índio e o mito da escola. In: MARFAN, Marilda
A. (Org.). Congresso Brasileiro de Qualidade na Educação – Formação de professores:
educação escolar indígena. Brasília: MEC, 2002 c, p. 93-99.

segunda-feira, 19 de abril de 2010

Sala de Aula

O trabalho com variados recursos didático- pedagógicos, que possibilitem os alunos interação com diversos conceitos principalmente os manipulativo que são mais observáveis e concretos para os alunos, torna a sala de aula um lugar onde a aprendizagem se torna mais significativa e eficaz.
“Diferentemente do que diz o senso comum, para quem a aprendizagem é um processo passivo, Piaget (1976, p.37) insiste na idéia de que conhecimento é ação, transformação e estabelecimento de relações, pois, “conhecer um objeto é agir sobre ele e transformá-lo, aprendendo os mecanismos dessa transformação, vinculados com as ações transformadoras. Conhecer é, pois, assimilar o real às estruturas de transformações”.
É muito importante na sala de aula o desenvolvimento do trabalho com as mais variadas formas dos alunos construírem os conceitos através de objetos reais, objetos virtuais, desenhos, produções textuais entre outros. Pois dessa maneira os alunos têm oportunidade de manipulação livre a fim de conhecer o objeto, operar com suas propriedades, ocorrendo também as trocas de idéias no grupo, onde o papel do professor é de mediador.
Assim nas atividades cotidianas o que faz a diferença é a intervenção do professor ou a sua intencionalidade pedagógica. Pois ele precisa conhecer a maneira de pensar da criança a fim de fazer intervenções adequadas para possibilitar que os alunos confrontem suas hipóteses, desequilibrando-se cognitivamente. Então a partir de sua ação sobre o objeto possam estabelecer conexões entre o que sabem e o novo e dessa maneira construam assim um novo conhecimento. Assim também, os alunos irão aos poucos conquistando a tão desejada autonomia intelectual. Segundo Piaget, os adultos estimulam o desenvolvimento da autonomia intelectual da criança quando trocam pontos de vista com a criança, sendo fundamental a interação entre professor e aluno. De acordo com Piaget a aprendizagem acontece a partir da ação do sujeito, podendo ser física ou mental.
“É importante conhecer a psicologia da criança para fazer a escolha pedagógica. O conhecimento não é dado, simplesmente, pela hereditariedade, tampouco provém do mundo por força de uma cópia. Ao contrário, resulta de uma síntese das relações do sujeito com o seu mundo, através da ação.”

“Uma escola ativa não é necessariamente uma escola de trabalhos manuais [...] A atividade mais autêntica de pesquisa pode manifestar-se no plano da reflexão, da abstração mais avançada e de manipulações verbais, posto que sejam espontâneas e não impostas com o risco de permanecerem parcialmente incompreendidas” (PIAGET, 1976, p.74).
Diante de situações problemas onde os alunos encontram significado e podem se envolver usando a criatividade através de um trabalho de equipe, cooperação, respeito e solidariedade, os objetivos propostos serão alcançados com um maior êxito.
“A aprendizagem, segundo Piaget, não se esgota no conceito de aprendizagem no sentido estrito (experiência física); é necessário alargar esse conceito, introduzindo o processo de equilibração ou condição prévia de toda aprendizagem no sentido estrito, ou seja, a experiência lógico-matemática: constrói-se, assim, o conceito de aprendizagem no sentido amplo (lat. s.) no qual verifica-se a nítida submissão da aprendizagem propriamente dita ao processo de desenvolvimento” (BECKER, 1985, p.125).
Os trabalhos realizados em grupos, oportunizam a livre experimentação aparecendo o erro, o acerto idéias espontâneas. Onde os alunos interagem entre si, ocupando uma posição mais ativa em que suas ações, operações e construções de novos conhecimentos sejam oportunizadas, incentivadas, respeitadas e reconhecidas pela turma.
Piaget em seus estudos aprendeu muito através da observação dos seus filhos e também de outras crianças, percebo também que o professor pode aprender bastante observando seus alunos e ir de encontro com muitas teorias estudadas compreendendo-as melhor.


Referências

PIAGET, Jean. O desenvolvimento mental da criança. In: Seis estudos de psicologia. Rio de Janeiro: Forense, 1986.

BECKER, Fernando. Modelos Pedagógicos e Modelos Epistemológicos. In: Educação e construção do conhecimento. Porto Alegre: ARTMED,2001.

BECKER, Fernando. O que é construtivismo In: Educação e construção do conhecimento. Porto Alegre: ARTMED,2001.

MARQUES, Tânia Beatriz Iwaszko. Epistemologia Genética e Construção do Conhecimento.

segunda-feira, 12 de abril de 2010

Planejamento

Na semana passada estive muito envolvida, na elaboração do planejamento, pois é um processo de construção que faz parte do trabalho pedagógico de organização, previsão, decisão entre outros aspectos a fim de garantir a eficiência e eficácia de uma ação na prática docente.
Segundo Bernadete Rodrigues, Planejar é a constante busca de aliar o "para quê" ao "como", através da qual a observação criteriosa e investigativa torna-se, também, elemento indissociável do processo.
O planejamento proporciona na prática pedagógica demonstrar um caminho a ser percorrido com a finalidade de se atingir objetivos traçados, visando a busca da autonomia, na construção de conhecimentos, com constante reflexão, tomada de decisão, ação e transformação.
Sendo muito importante, pois é através dele, que o professor da direcionamento ao seu trabalho com a finalidade de auxiliar no processo de ensino aprendizagem, refletindo sobre sua prática pedagógica e também de como pode atingir os objetivos propostos com mais qualidade
Planejamento é elaborar - decidir que tipo de sociedade e de homem se quer e que tipo de ação educacional é necessária para isso; verificar a que distância se está deste tipo de ação e até que ponto se está contribuindo para o resultado final que se pretende; propor uma série orgânica de ações para diminuir esta distância e para contribuir mais para o resultado final estabelecido; executar - agir em conformidade com o que foi proposto e avaliar - revisar sempre cada um desses momentos e cada uma das ações, bem como cada um dos documentos deles derivados (Gandin, 1985, p.22.
Assim, planejar no desenvolvimento do trabalho pedagógico significa elaborar, executar e avaliar. Onde executar consiste em atuar de acordo com o que foi proposto e avaliar é examinar constantemente cada uma das ações.


DOLL, Johannes; ROSA, Russel Teresinha Dutra da. A metodologia tem história. In: (orgs.). Metodologia de Ensino em Foco: práticas e reflexões. Porto Alegre: UFRGS, 2004, p.26-29.


DALLA ZEN, Maria Isabel; TRINDADE, Iole Maria Faviero. A leitura, a escrita e a oralidade como artefatos culturais. In: XAVIER, Maria Luisa (Org.). Disciplina na Escola: enfrentamentos e reflexões. Porto Alegre: Ed. Mediação, 2002. p. 123 -133. (Texto 1 – Módulo 1)