domingo, 30 de maio de 2010

O trabalho com arte

Através de alguns trabalhos desenvolvidos com minha turma pude observar interação trocas de experiências, vivências, espontaneidade e criatividade.
A criança, antes da escrita formal, já representa graficamente a realidade através de desenho.
O trabalho com arte no desenvolvimento da criança tem uma função cognitiva. Propicia prazer, por ser uma atividade lúdica, criativa, promovendo o desenvolvimento das potencialidades.
A atividade artística tem significado para a criança, enquanto possibilidade de representação da sua realidade ( visão de mundo que possui).
Também é uma possibilidade de reflexão, análise e expressão a serem transformados e incorporados à bagagem de conhecimentos que permite a criança experimentar, ensaiar, procurar e encontrar suas próprias soluções.
Para o grupo apreciação e valorização, para o professor objeto diagnóstico e descobertas.
O trabalho com arte é parte construtiva do processo de construção na aprendizagem das crianças, propiciando vivências lúdicas, estimulando o processo de criação.

domingo, 23 de maio de 2010

Aprender a ler o mundo

Tenho procurado desenvolver trabalhos, com minha turma que lhes possibilitem aprendizagens significativas, desenvolvendo suas potencialidades.
No processo de construção de conhecimentos, a leitura de mundo realmente precede a leitura da palavra e os alunos precisam compreender o mundo que os cerca, que significa falar, refletir e discutir a respeito do mundo, para que assim possam se alfabetizar de uma maneira crítica, emancipadora buscando a transformação da própria condição. Isso se torna possível através do diálogo, partindo do conhecimento de mundo que o indivíduo já possui. A partir daí reconstrói-se por meio da língua, a própria história do sujeito e de sua cultura através do saber individual.
"Educar e educar-se, na prática da liberdade, é tarefa daqueles que pouco sabem - por isto sabem que sabem algo e podem assim chegar a saber mais - em diálogo com aqueles que, quase sempre, pensam que nada sabem, para que estes, transformando seu pensar que nada sabem em saber que pouco sabem, possam igualmente saber mais".
Por isso que, ler e escrever não podem ser processos mecânicos. Deve ser processos criativos de percepção do mundo econômico, social, cultural que resulta num processo mais amplo de conscientização. A consciência só é adquirida se houver um processo dialógico entre o homem e o mundo. Por isso também a importância dos sujeitos no mundo perceberem-se através das suas “leituras”, como agentes da História. Pessoas que fazem a História e que não apenas participam como expectadores.
Toda educação que quer, alcançar êxito na formação da consciência crítica, com o objetivo de transformação da sociedade através de uma verdadeira emancipação dos sujeitos deve embasar-se nestes princípios de educação proposta por Paulo Freire.


Referências


_________ BETTO, Frei. Paulo Freire: a leitura do mundo. Disponível em:http://portal.mec.gov.br/seb/arquivos/pdf/Profa/col_3.pdf>


_______FREIRE, Paulo. A dialogicidade – essência da educação como prática da liberdade. In: Pedagogia do Oprimido. 40ª edição. Rio de Janeiro: Paz e Terra, 2005. p.89-101.

domingo, 16 de maio de 2010

Proposta educativa

No desenvolvimento do Projeto, Eu uma pessoa com minha turma, procuro observar os diálogos, os trabalhos desenvolvidos, suas aprendizagens, as sugestões do grupo para continuar o planejamento de acordo com os interesses demonstrados durante nossas aulas. Em muitos momentos não é uma tarefa fácil de colocar em prática, mas, porém é possível. E o melhor de tudo é a gratificação em poder observar a interação, trocas de idéias, a participação, o interesse da turma e as aprendizagens construídas.
A proposta de Paulo Freire é uma proposta onde professores e alunos ensinam e aprendem juntos, em num diálogo permanente.
É a partir deste saber fundamental: mudar é difícil, mas é possível, que vamos programar nossa ação político-pedagógica, não importa se o projeto com o qual nos comprometemos é de alfabetização de adultos ou de crianças, se de ação sanitária, se evangelização, se de formação de mão-de-obra técnica.” (Paulo Freire, Pedagogia da Autonomia).
Essa nova educação não aceita a constante exploração dos oprimidos. Seria uma educação “para a autonomia, para formar cidadãos plenos, enfim uma educação cidadã”.
De teoria, na verdade, precisamos nós. De teoria que implica uma inserção na realidade, num contato analítico com o existente, para comprová-lo, para vivê-lo e vivê-lo plenamente, praticamente. Neste sentido é que teorizar é contemplar. Não no sentido distorcido que lhe damos, de oposição à realidade [...] (Freire, 1979, p.93).
Paulo Freire garante a inserção do homem na realidade. Deve-se partir sempre das experiências do homem com a realidade na qual está inserido, cumprindo também a função de analisar e refletir essa realidade, no sentido de apropriar-se de uma maneira crítico sobre ela. Suas propostas foram feitas para serem recriadas, conforme o cotidiano, o imaginário, os interesses e os valores, conforme as condições de vida de seu praticante sejam educando ou educadores.

REFERÊNCIAS

_______FREIRE, Paulo. A dialogicidade – essência da educação como prática da liberdade. In: Pedagogia do Oprimido. 40ª edição. Rio de Janeiro: Paz e Terra, 2005. p.89-101.

_______ FREIRE, Paulo. O mentor da educação para a consciência.

domingo, 9 de maio de 2010

Atividades significativas

Durante a semana, que antecedeu o Dia de homenagem as mães, realizei com minha turma várias atividades que envolveram os alunos de uma maneira muito significativa.
Percebi durante a realização as atividades, sobre as mães o quanto foi significativo, proporcionar aos alunos um trabalho sobre o reconhecimento da importância da mãe na vida do ser humano. Eles participaram de uma maneira intensa, demonstrando entusiasmo e dedicação.
A escola, sendo um local onde circula a diversidade de culturas, precisa incentivar uma prática pedagógica que valoriza o contexto social do aluno, na qual circulam textos escritos dos mais variados gêneros, onde o mesmo está submetido a um verdadeiro bombardeio de gêneros textuais e que é o tempo todo convidado a ler e compreender o que lê.
Formas de letramento e alfabetismo, contextualizadas
culturalmente, povoam esse mundo letrado do século
XXI, com divulgação impressa, digital e eletrônica,
através de outdoors, filmes, músicas, propagandas,
desenhos, jogos infantis, etc. São marcas e produtos
que alfabetizam crianças, jovens e adultos por meio
do uso dessas novas tecnologias.
(Trindade, 2005, p. 130)


Devemos em nossa prática pedagógica valorizar o letramento presente no cotidiano dos alunos, pois assim a sala de aula se tornará um ambiente propício à participação dos alunos no processo de construção de significados. Na sala de aula os alunos precisam ter a oportunidade de ouvir, falar, ler e escrever as mais variadas formas de expressão escrita e falada da vida social.
Dessa maneira dando também aos alunos a possibilidade de atribuir significados ao letramento, com compreensão,reflexão e participação social.


Referências:

DALLA ZEN, Maria Isabel; TRINDADE, Iole Maria Faviero. A leitura, a escrita e a oralidade como artefatos culturais. In: XAVIER, Maria Luisa (Org.). Disciplina na Escola: enfrentamentos e reflexões. Porto Alegre: Ed. Mediação, 2002. p. 123 -133. (Texto 1 – Módulo 1)

_____________KLEIMAN, Angela B. Modelos de letramento e as práticas de alfabetização na escola, 2006. In: KLEIMAN

domingo, 2 de maio de 2010

Cada pessoa tem sua história

Realizei uma atividade muito significativa com a turma sobre: Cada pessoa tem sua história, onde após um diálogo os alunos receberão sua certidão de nascimento. Através da atividade proposta pude observar o diálogo, as trocas de idéias, as descobertas de cada um, o entusiasmo em experienciar a leitura de um documento seu.
A realidade social da criança é o ponto de partida é ponto de chegada, pois dela se extraem os elementos para se pensar o mundo. Observar, entender e ler o mundo só é possível quando a criança descobre sua individualidade e seu papel nos diversos grupos sociais. Quando ela se descobre como parte integrante de uma sociedade.
A descoberta da sua individualidade aponta para a descoberta e o reconhecimento das diferenças e semelhanças entre as pessoas.
Através do trabalho proposto os alunos foram incentivados a buscarem outras fontes de informação sobre sua história de vida, construíram sua linha de tempo, reconhecendo sua identidade e também, reconhecendo as identidades dos colegas da turma, com suas semelhanças e diferenças.
Através das idéias de Paulo Freire foram vivenciadas novas descobertas na educação, onde o planejamento passou por transformações. A partir desta perspectiva os alunos precisam ser desafiados com situações do seu contexto social, através do desenvolvimento do diálogo, interação, pesquisa na busca de conhecimentos através da leitura e releitura do mundo, adquirindo assim uma nova leitura.
Durante a realização do trabalho fiquei fascinada, observando a turma participar, comparar, cooperar, realizar suas descobertas e aprendizagens.



REFERÊNCIAS:


GIROUX, Henry. Alfabetização e a pedagogia do empowerment político. In: FREIRE, Paulo e MACEDO, Donaldo. Alfabetização: leitura da palavra, leitura do mundo. 3. ed. Rio de Janeiro: Paz e Terra, 1990. p. 1-27.