domingo, 23 de maio de 2010

Aprender a ler o mundo

Tenho procurado desenvolver trabalhos, com minha turma que lhes possibilitem aprendizagens significativas, desenvolvendo suas potencialidades.
No processo de construção de conhecimentos, a leitura de mundo realmente precede a leitura da palavra e os alunos precisam compreender o mundo que os cerca, que significa falar, refletir e discutir a respeito do mundo, para que assim possam se alfabetizar de uma maneira crítica, emancipadora buscando a transformação da própria condição. Isso se torna possível através do diálogo, partindo do conhecimento de mundo que o indivíduo já possui. A partir daí reconstrói-se por meio da língua, a própria história do sujeito e de sua cultura através do saber individual.
"Educar e educar-se, na prática da liberdade, é tarefa daqueles que pouco sabem - por isto sabem que sabem algo e podem assim chegar a saber mais - em diálogo com aqueles que, quase sempre, pensam que nada sabem, para que estes, transformando seu pensar que nada sabem em saber que pouco sabem, possam igualmente saber mais".
Por isso que, ler e escrever não podem ser processos mecânicos. Deve ser processos criativos de percepção do mundo econômico, social, cultural que resulta num processo mais amplo de conscientização. A consciência só é adquirida se houver um processo dialógico entre o homem e o mundo. Por isso também a importância dos sujeitos no mundo perceberem-se através das suas “leituras”, como agentes da História. Pessoas que fazem a História e que não apenas participam como expectadores.
Toda educação que quer, alcançar êxito na formação da consciência crítica, com o objetivo de transformação da sociedade através de uma verdadeira emancipação dos sujeitos deve embasar-se nestes princípios de educação proposta por Paulo Freire.


Referências


_________ BETTO, Frei. Paulo Freire: a leitura do mundo. Disponível em:http://portal.mec.gov.br/seb/arquivos/pdf/Profa/col_3.pdf>


_______FREIRE, Paulo. A dialogicidade – essência da educação como prática da liberdade. In: Pedagogia do Oprimido. 40ª edição. Rio de Janeiro: Paz e Terra, 2005. p.89-101.

Nenhum comentário: