sexta-feira, 2 de julho de 2010

Buscar um caminho na construção da história dos alunos

O estudo de outros grupos sociais ou povos mostra ao aluno transformações nas concepções de tempo, rompendo com a idéia de um único tempo contínuo e evolutivo para toda a humanidade. Estes estudos demonstram que a realidade é moldada por descontinuidades políticas, por rupturas nas lutas, por momentos de permanências de costumes ou valores, por transformações rápidas e lentas. Hoje, mesmo que professores se neguem a este tipo de trabalho, os estudantes têm toda uma gama de meios de comunicação, que faz com que levem estes questionamentos para dentro da escola.
Sendo assim, não tem sentido um ensino que se restrinja a fatos e acontecimentos do passado sem estabelecer sua vinculação com a situação presente, como não tem sentido analisar os acontecimentos atuais sem buscar sua gênese e sem estabelecer sua relação com outros acontecimentos ocorridos na sociedade como um todo. É imprescindível conhecer o ontem para entender o hoje.
É importante que o aluno identifique a si e seu grupo familiar e reconheça sua participação como agente modificador da sociedade.
Os conteúdos estabelecidos em devem desenvolver a organização e orientação espacial e temporal, noções de cronologia e cartografia, levando o aluno a observar, comparar, identificando semelhanças e diferenças do meio em que vive de uma maneira interdisciplinar.
O professor deve colocar-se como um mediador entre o aluno e as fontes de informações, resolvendo dúvidas e orientando quanto aos procedimentos mais adequados para que os alunos atinjam os objetivos propostos.
Trabalhos bem elaborado, despertam o interesse do aluno por terem relação com a própria vida dele. Torna-se importante que o professor tenha cuidado de buscar um caminho de construção da história dos seus alunos fazendo esta relação com os conteúdos a serem estudados.
“As propostas integradoras favorecem tanto o desenvolvimento de processos como o conhecimento dos problemas mais graves da atualidade. Assim, facilitam o crescimento psicológico do indivíduo, o desenvolvimento das estruturas cognitivas de alunos e alunas, de suas dimensões afetivas e de relação social, de seu desenvolvimento físico, mas também permitem que sejam adquiridos aqueles marcos teóricos e conceituais, métodos de pesquisa, etc, que facultam para analisar, revisar e contribuir para o avanço e o crescimento das diferentes ciências e âmbitos do saber de uma sociedade concreta. Desse modo alunos e alunas preparam-se para enfrentar os problemas cotidianos nos quais estão envolvidos, bem como os que os aguardam em um futuro próximo, porém sem estar pensando se necessitarão uma informação ou destreza matemática, física ou lingüística.” (Santomé, 1998, p.125)





Referências



ANTUNES, Aracy do Rego; MENANDRO, Heloisa Fesch; PAGANELLI, Tomoko Iyda. Estudos Sociais: Teoria e Prática. Rio de Janeiro, ACCESS, 1999.

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