segunda-feira, 29 de junho de 2009

Educação após Auschwitz

Segundo o texto o que predispôs os indivíduos a aceitarem o nazisno e a barbárie foi, a ausência de amor, a frieza, o preconceito e a falta de identificação entre as pessoas. Dessa maneira ocorreu a condição psicológica fundamental para tornar realidade este lamentável acontecimento na história. A indiferença em relação aos interesses coletivos, onde o interesse particular é colocado acima de tudo faz com que as pessoas, visando tirar vantagem da situação não se oponham a mesma, a não ser que seus interesses particulares sejam diretamente ameaçados.
Dessa maneira também o pensamento é abolido, aceitam como seus guias aqueles que estão no poder. Através de uma dominação cega, que não se preocupa mais com a essência, porém apenas com a eficiência. Tudo se transforma em mercadoria, em objeto que deve gerar lucro.
O autor sugere, uma educação que tenha significado para o sujeito, com a valorização da vida, do mundo, com o respeito mútuo, enquanto instrumento que possibilite uma auto-reflexão crítica, a autonomia no meio no qual está inserido com o objetivo de evitar a repetição da barbárie. Para esse propósito a educação deve atuar com eficiência primeiramente na educação infantil, na qual ocorre a primeira infância, já que segundo a psicologia é nessa fase que acontece a formação do caráter.
Cabe a escola uma tarefa de emancipação social a ser desenvolvida com qualidade, auto determinação e sem medo.
As reflexões acerca do papel da escola, tendo como base o que Adorno pensou e defendeu para a Educação, podem auxiliar a conduzir a ação pedagógica na perspectiva de uma política curricular, demonstrando compromisso para a construção de saberes na formação de um cidadão consciente, refletindo sobre si, deixando de lado preconceitos empreguinados nas culturas.
É necessário que a educação assuma o compromisso de que Auschwitz não se repita, de maneira que tal compromisso não se intimide em contrariar os interesses de quem quer que seja.
A educação como instrumento capaz de criar as bases a partir da educação infantil, valorizando identidades sociais, onde todos tenham direito a uma escola de qualidade com significado social baseada no princípio da inclusão para a construção de uma sociedade mais justa e humana.

Um comentário:

Gláucia Henge disse...

Olá Nilsa! Sua afirmação de que a escola deve ter claro o seu papel custo o que custar (contrariando os interessantes de quem quer que seja) é realmente crucial! Mas, como fazer da escola esse espaço transformador?